sábado, 13 de dezembro de 2008

Para um Natal Feliz

O espírito do Natal sumiu e deu lugar ao consumismo. Tantas propagandas nas TVs, tantos apelos para o verbo "ter". E a propaganda está evoluindo tanto que usam de técnicas psicológicas para influenciar quem a vê. Fica claro que se você não pode comprar um determinado bem ou serviço, você estará por fora. Alguns apelos faz com que obter determinado cartão de crédito seja quase um prazer sexual! Esse apelo da mídia espalha-se para todas as camadas da sociedade e pega em cheio aquele que está desempregado, passando fome, que está a margem da sociedade. Dada a importância provocada pela publicidade pelo "ter", isso acaba induzindo aqueles que não têm dinheiro no bolso a conseguir os objetos de satisfação de outra forma...

E o verbo "ser", quando é conjugado pela sociedade?

É difícil ver a satisfação num jovem ou num adulto por ter realizado coisas que vão mudar a sua vida toda como passar de ano na escola ou terminado a universidade, ou mesmo concluído um curso de inglês, enfim, ter a satisfação que conquistou o seu objetivo. O que seria motivo para comemorar por semanas, falar para todo mundo que conseguiu realizar tamanha façanha é menos importante do que ter ganhado de presente um IPod ou qualquer outro objeto "da moda". Ser estudioso, ser honesto, ser inteligente, ser prestativo, ser ordeiro, ser um lutador pelas causas nobres, nada disso parece com a riqueza de ostentar (com orgulho) algum objeto comprado numa loja qualquer.

A riqueza material não pode ser comparada com a riqueza intelectual. Mas para quem só pensa na riqueza material nunca apreciará alguém que tenha uma riqueza de vocabulário, uma riqueza de opiniões, uma riqueza do saber. E aqueles que ajudam a outras pessoas? Como são ricas essas pessoas! pois são elas que elevam a sociedade.

O Natal feliz começa com nossas ações e não o quanto temos de dinheiro no bolso para comprar uma felicidade momentânea que pode parar na assistência técnica da esquina ou ser arrancada de nós a bala.

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